quinta-feira, novembro 09, 2006

A DITADURA DA PLAY-LIST


A DITADURA DA PLAY-LIST

A rádio que se vai fazendo por aí nos dias de hoje tem como primeiro objectivo definir o seu público-alvo.

Depois a estação emissora elabora a sua «play-list».

Que vai servir como um muro radiofónico destinado a impedir que o animador/locutor se disperse pelo labirinto do seu próprio gosto.

Daí hoje já não haver muitos autores de programas de rádio, mas sim operadores de sistemas que accionam o «enter» do programa do computador.

Por isso a «play-list» não é uma doutrina do mercado, como diz a indústria discográfica, mas uma ferramenta que quer fidelizar o consumidor prendelo a uma irresistível cadeia de canções/musicas ao fim da qual o espera um «jingle».

Poder-se-ia dizer, que a identidade artística do animador / locutor ou «disc- jockey» se perdeu !... E que a ela, se sobrepuseram os promotores de marketing das editoras, que andam com os discos dos seus artistas no bolso, a mendigar um lugar na «play-list» Para mim, a rádio não tem «play-list».

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Caro João
Não estou totalmente de acordo...
Mal do locutor/animador/dj (ou seja lá o que for que lhe chamemos) quando a unica forma que tem de COMUNICAR, ENTRETER OU ANIMAR se limita à escolha musical que faz para o seu programa.
Parece-me perfeitamente lógico definir um "target" e trabalhar para esses ouvintes.
As "playlists" não se limitam a um ENTER no Pc (e já está!) são baseadas em estudos que garantem ser aquela musica do agrado de quem a vai ouvir ... (como seria bom se tudo na vida fosse assim ... sempre do nosso agrado ...).
A rádio NÃO SE PODE LIMITAR à música que toca, e para além dela vem a criatividade e a capacidade de comunicar de quem está atrás do microfone. Esse sim é o "nosso" papel na rádio.

PS: Muito com o blog. Parabens e um forte abraço de amizade!

9:11 da tarde  

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