sexta-feira, junho 04, 2010


OqueStrada estiveram em Évora

Os OqueStrada passaram por Évora, depois de uma actuação no Palco Sunset do Rock in Rio-Lisboa, com o seu Cavalinho D'Strada (Filarmónica Pequenina).

Eu não quis perder esta novidade dos OqueStrada, conversei com a Miranda, a voz feminina da banda, que me disse: “esta filarmónica foi muito importante para nós, porque nos dá uma sonoridade diferente e faz parte da tradição musical portuguesa”. À pergunta se esta seria uma forma suis generis que têm para o fado, a vocalista responde “Sabes que há uma certa boémia no fado. O nosso fado tem uma viola e a guitarra portuguesa, mas nós celebramos mais o fado do que fazemos fado. Nós cantamos o mundo à portugues e fazemos muita festa, porque o fado também pode ser dançável, não achas?”.

Quando questionada sobre o que pensava da música cantada em português, Miranda afirma “Vai bem! Muito bem. Nós vamos agora iniciar uma tour de 20 datas pela Europa; não é todos os dias que um grupo português tem essa oportunidade e prometemos um espectáculo com uma grande variedade de estilos, do fado ao imaginário das bandas filarmónicas, passando pela música tradicional italiana”.

Sucessos para o grupo de “Tasca Beat”, Os OqueStrada, que vão passar pela vila de Arraiolos, no dia 9 de Junho, nas festas “O Tapete está na rua”.

quarta-feira, março 31, 2010

RUA DA SAUDADE



"Rua da Saudade"

"Rua da Saudade", que começou por ser um CD de homenagem a José Carlos Ary dos Santos, e deu lugar a um espectáculo.

Susana Félix, Mafalda Arnauth, Viviane e Luanda Cozetti, acompanhadas por uma excelente banda composta por quinze músicos, recriaram as canções do poeta.

As quatro intérpretes, oriundas de diferentes universos musicais, apresentam um conjunto de temas aos quais foram dados novas roupagens musicais, tendo sido assim que ouvimos canções como "Estrela da tarde", "Retalhos", "Canção de madrugar", "Cavalo à solta", entre outras. Este espectáculo foi mais uma oportunidade para redescobrir a musicalidade dos poemas e das palavras de Ary dos Santos, desaparecido em 1984.

As interpretações, que tocam diferentes sonoridades que vão da pop, com aromas de fado, ao jazz e à bossa-nova, tentam recuperar o espírito e o entusiasmo com que as canções foram feitas.

É com palavras doces e amargas, frontais e puras, que as quatro vocalistas relembram as canções, cuja música foi assinada por nomes como Fernando Tordo, Nuno Nazareth Fernandes e Tozé Brito.

Durante o espectáculo, Mafalda Arnauth elogiou o poeta e quem o cantou, destacando o seu amigo Carlos do Carmo; já Luanda Cozetti disse que seria melhor cantar Ary dos Santos de que falar sobre ele; enquanto Susana Felix referiu que quem, como ela, já nascera com o passaporte da liberdade, devia assim fazer uso dela; e Viviane acrescenta que inconscientemente ele já morava em nós antes de este projecto acontecer.

Citando as quatro intérpretes, elas afirmam “Foi muito bom redescobrirmo-nos como intérpretes. Procurámos as músicas pela qualidade dos poemas e pelo encaixe que pudessem ter connosco porque, para nós, todos os poemas que Ary dos Santos escreveu continuam absolutamente actuais".

"Rua da Saudade" - o nome da artéria onde o poeta morou e morreu - pretende, assim, mais do que homenagear o letrista, relembrar a importância do seu trabalho para os tempos actuais.

As excelentes interpretações de Mafalda Arnauth, Viviane, Susana Félix e Luanda Cozetti que advêm das diferentes sonoridades do pop ao fado, passando pelo Jazz e pelos ritmos da bossa nova, deixam a marca das suas vozes inconfundíveis num grande espectáculo a não perder e que Évora bem podia receber.

quinta-feira, dezembro 24, 2009

LAST CHRISTMAS


David Fonseca apresentou em Évora, no último sábado, o seu novíssimo álbum “Between Waves”. As honras de abertura foram para "A Cry 4 Love"e "Morning Tide". Durante o concerto, David Fonseca ainda teve tempo para passar por temas como "Kiss Me, Oh Kiss Me" e “Superstars II”, fazendo depois um encore, exigido pelo público (rsrsrsrs), onde fechou com a música “Last Christmas”, dos Wham. O Concerto mais pequeno do Mundo estava a chegar ao fim e os vinte ouvintes da Rádio Comercial que estiveram no Hotel M'ar de Ar Aqueduto, em Évora, estavam radiantes.

Depois veio o tempo de troca de prendas entre ouvintes e o apagar das velas do bolo do 30º aniversário da Comercial. Em seguida, à conversa comigo, David Fonseca referiu que a apresentação deste seu novo trabalho está a decorrer de uma forma muito agradável e que, como prova, estão os lugares que vai ocupando por aí - Disco de Ouro e entrada directamente para o Nº 1 do Top de Álbuns do iTunes, em Portugal. À pergunta de como via o panorama da música em Portugal, David Fonseca disse que este é um momento importante para a música e para os músicos porque, por cá, existem muito bons músicos e excelentes autores e compositores. A nossa conversa chegava, assim, ao fim, com votos de boas festas e de sucesso para o músico de Leiria.

terça-feira, dezembro 08, 2009

«Amália hoje» na ARENA D'ÉVORA

Nuno Gonçalves descreveu o projecto «Amália hoje» como «uma pedrada no charco», e que o convite para este projecto por parte da Valentim de Carvalho que lhe deu total liberdade para mostrar que Amália Rodrigues foi uma artista pop como Portugal não voltou a ter mais.

Para esta homenagem, Nuno Gonçalves deixou de fora a guitarra portuguesa e deu sangue novo ao repertório da fadista, recorrendo à guitarra eléctrica, bateria, programações, sintetizadores e a uma formação de orquestra.

Sobre as vozes escolhidas, Nuno Gonçalves explicou que Sónia Tavares, Paulo Praça e Fernando Ribeiro se complementavam no objectivo de evidenciar segurança a cantar, respeito pelas letras e uma interpretação que soasse genuinamente portuguesa.


"Amália Hoje" já vendeu mais de 60.000 cd's e é triplo platina.

quarta-feira, novembro 25, 2009

Por isso encosta-te a mim



Enquanto ouvia esta música a passar, pensava na sensação estranha de como alguém entra musicalmente na nossa vida! Foi o que aconteceu comigo e com o Jorge Palma.


Estávamos para aí nos anos 80 quando ouvi pela primeira vez “O Bairro do Amor” foi a partir daí que ganhei outra perspectiva, daquilo que há de solitário e marginal nas canções do Jorge Palma, e de alguma forma mais sobre mim. O Jorge trazia-me o conforto das palavras e as linhas melódicas que a música e as canções devem ter.


Ele, já trouxe muita gente para perto de si! Gente com muita vontade de abrir portas no panorama musical, gente que fez ressoar novos acordes na música e o gosto de cantar em português.

quinta-feira, setembro 10, 2009

09-09-09

A combinação numérica única representada pela data 09-09-09 desta Quarta-feira, provocou uma onda de “ses” em todo mundo.

Poucas vezes na minha vida, eu disse aquilo em que acredito, ou se acredito.


Esta data só voltará a repetir-se daqui a mil anos.


Até lá, feche os olhos, encontre-se consigo mesmo e viva a vida descontraidamente.

- 40 Anos depois da sua dissolução os BEATLES apresentam a sua obra musical com nova remasterização.


Portugal ganhou na Hungria por 1-0 no apuramento para o Mundial 2010 África do Sul.

- Diana Chaves desfila no ÉVORA MODA 2009.


-E os Blasted Mechanism fecharam o programa de animação “À Noite nas Piscinas”, em Évora.


Foi assim! que eu olhei para esta Quarta-feira 09-09-09.

segunda-feira, agosto 03, 2009

"DELFINS" O fim de uma carreira


“Delfins” terminam carreira ao fim 25 anos.

Depois do concerto inserido no certame "Ruas Floridas", na vila do Redondo, no último fim-de-semana, conversei com Miguél Ângelo dos “DELFINS”.

“Viemos aqui tocar para toda esta gente, sem lamechices, ou saudosismos, isto para nós é uma festa! E 25 anos de carreira é uma boa marca, para podermos partir para outras experiências e projectos”, foi assim que Miguél Ângelo respondeu à minha pergunta, “porquê o fim da banda?”

“A nossa música atravessou gerações! Hoje vimos pais e filhos a assistir aos nossos concertos e aquilo que vai ficar para a história são as nossas músicas”, acrescentou o vocalista da banda. Um concerto onde se pôde ouvir “Um só céu”, “A queda de um anjo”, “Ao passar um navio”, “Saber amar”, “A cor azul”, “Bandeira” e “A baia de Cascais”, sendo que todas elas irão marcar a “pop” portuguesa.

Para esta última digressão, a banda de Cascais escolheu como lema. “25 Anos 25 músicas e um abraço”; será a última vez que Miguel Ângelo, Rui Fadigas, Luís Sampaio, Jorge Quadros e Mário Andrade se juntarão em palco como “Delfins”, sendo que no dia 31 de Dezembro está agendado um grande concerto na mítica baía de Cascais, onde a banda acaba à meia-noite.


Até sempre, com a “pop” dos Delfins.